* Às vezes nem sei quem sou, outras vezes "nem me acho, me tenho certeza".
* Risos? Ai ai ai... até demais! Crises intermináveis...
Lágrimas? Com certeza, demais. Sem tanta certeza... espero que não sejam intermináveis!
* Adoro comer "porcaria", especialmente acompanhada de "veneno" (comida não saudável - Coca-cola)
* Tenho dois filhos adoráveis, que obviamente não são perfeitos, mas são MEUS... e, por isso, perfeitos pra mim!
* Atualmente... desempregada, só estudante (Comunicação Social - Rádio e TV - UESC - finalmente 5º Semestre!). Mas garanto que uma estudante que vale à  pena!
* Ex-loira quase natural, hoje Branca-de-Neve, tabuleiro de xadrez, Negresco... qualquer figura que reflita o "preto no branco". Até quando? Nem eu sei!
* Completamente dependente de um computador... Nem sei mais escrever no papel!


* De Ilhéus, Bahia
* Aos 40
* Porque gosto
* Pra desabafar
* Sem ligar pra quem vai ler (tá certo, eu ligo, mas só um pouquinho)
* Pra manter os neurônios ocupados (inteligência artificial - cabelo preto - não adianta muita coisa...)
* ...Mas o que amo mesmo é fotografar!



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Line (que só fez isso porque ama muito a mãezinha dela, e não aguentava mais as lamúrias por um template novo)

Dores e sabores

Qual é o gosto da dor? Com certeza não é doce. Sei disso porque a frase que me vem à ponta da língua quando vou falar de dor, é: "tô amargando uma enxaqueca..." (ou seja lá que dor for).Não sei se já disse aqui, mas é outra das minhas "teorias", que na minha vida é mais do que comprovada: A maior dor é a dor da hora, aquela que a gente está sentindo AGORA.

Depois que passa é difícil dimensionar. Mas na hora, parece que nunca houve outra maior. Acho que vou fazer uma enquete aqui no "deixo ler", perguntando qual é a pior dor (respondam nos comments) e sei que virão muitas respostas diferentes. Mas se eu tiver que responder, sem sombra de dúvida digo: é a dor de agora.Já passei por quase todo tipo de dor (menos cólica renal): de dente, (incluindo de tratamento de canal), de cólica menstrual (de endometriose, que é de matar!), de cólica intestinal, de unha extraída, de unha encravada, de ouvido, de gases, de pé torcido, de pancada no "pau da canela", de dedo fechado na porta do carro, de testa na porte de vidro, de cabeça na quina da janela, de vários cortes cirúrgicos, de uma cesariana com anestesia superficial, de torcicolo, de bife de manicure, de espinho embaixo da unha, de pé de cabelo, de língua mordida até sangrar, de coluna, de tendinite, de fratura exposta, de cotovelo, de decepção, de quem nunca malha e faz uma ginasticazinha relenta e fica com dor de tudo, de dengue que dói o corpo todo do cabelo até o pé, piorando no fundo dos olhos... (se lembrar de mais alguma depois acrescento) MAS... a pior é a de enxaqueca! (É a de agora!!!)

Sabe aquela dor que não deixa raciocinar? É essa. Enxaqueca é um troço que mexe com o corpo todo, dói tanto que dá vontade de vomitar. (Mentira, a náusea é "somente" uma das partes da enxaqueca, mas a sensação é de que é uma resposta do corpo ao tamanho da dor de cabeça). Eu poderia passar horas aqui tentando descrever a infeliz, mas não conseguiria, porque a primeira coisa que ela faz é impedir a concentação. Não tem comparação pra a dor de enxaqueca. E segundo os vários médicos que consultei, a minha é "clássica", daquelas "de livro": pulsante; concentrada em um dos lados do crânio ou na nuca; piora com claridade, barulho ou movimento; vejo "pontos de luz" no início dela, anunciando a crise; acompanhada de náuseas, mas sem vômito; dura no mínimo 24h, podendo chegar a 1 semana; tá bom ou querem mais??? Os olhos quase não ficam abertos, e a gente fica querendo segurar a cabeça com as mãos, pra evitar que os pedacinhos caiam, porque parece que tá tudo solto.

Qual é o gosto que isso tem? Gosto de desespero, porque parece que não vai passar nunca. Mas passa. E depois a gente esquece, talvez por um mecanismo de autodefesa, talvez porque lembrar seja sofrer de novo. Mas a prova de que eu esqueço depois que ela passa é que se o remédio acabar, só vou comprar depois que começar uma outra crise. É verdade que remédio pra enxaqueca nem existe, mas a gente tem que tomar alguma coisa só pra aliviar a consciência, pra achar que tá fazendo alguma coisa. (Ó, eu aceito sugestões, desde que não sejam daquelas: "amasse 257 sementes de não-sei-o-que e misture com cocô de pombo, torre e sopre por cima do ombro esquerdo enquanto dá três pulinhos" - dar três pulinhos é a pior parte, juntando com virar a cabeça por cima do ombro.)

Bom, do jeito que as dores passam (nem todas, a da coluna não passa nunca), espero que os problemas também... porque entram na mesma regra: o pior problema, o maior, é o de agora. Assim... tô torcendo pela passagem do tempo, pra que chegue a hora da troca de problemas (a gente nunca fica sem eles) mas os de agora estão me enchendo o saco, passando da hora de se resolverem!

Tô indo deitar... nem digo que vou dormir, porque já sei que só vou dormir legal quando a crise passar. Mas como tô cansada mesmo... vou deitar e ouvir uma musiquinha (bem baixinho - o vício de só dormir com música não pode ser suprimido nem com a intolerância a qualquer som) e esperar... esperar... que ela vá embora. Boa noite!

Ouvindo "Let it be" - The Beatles / "Mais uma Canção" - Los Hermanos / "It's Me" - Alice Cooper

21/02/2006

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