* Às vezes nem sei quem sou, outras vezes "nem me acho, me tenho certeza".
* Risos? Ai ai ai... até demais! Crises intermináveis...
Lágrimas? Com certeza, demais. Sem tanta certeza... espero que não sejam intermináveis!
* Adoro comer "porcaria", especialmente acompanhada de "veneno" (comida não saudável - Coca-cola)
* Tenho dois filhos adoráveis, que obviamente não são perfeitos, mas são MEUS... e, por isso, perfeitos pra mim!
* Atualmente... desempregada, só estudante (Comunicação Social - Rádio e TV - UESC - finalmente 5º Semestre!). Mas garanto que uma estudante que vale à  pena!
* Ex-loira quase natural, hoje Branca-de-Neve, tabuleiro de xadrez, Negresco... qualquer figura que reflita o "preto no branco". Até quando? Nem eu sei!
* Completamente dependente de um computador... Nem sei mais escrever no papel!


* De Ilhéus, Bahia
* Aos 40
* Porque gosto
* Pra desabafar
* Sem ligar pra quem vai ler (tá certo, eu ligo, mas só um pouquinho)
* Pra manter os neurônios ocupados (inteligência artificial - cabelo preto - não adianta muita coisa...)
* ...Mas o que amo mesmo é fotografar!



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Line (que só fez isso porque ama muito a mãezinha dela, e não aguentava mais as lamúrias por um template novo)

Hoje é 31 de março!!!

Essa data pode não significar absolutamente nada pra muita gente. Mas pra quem tem um pouquinho mais de 30 e não viveu alienado... não dá pra esquecer. 42 anos de "revolução"!

Dou graças a Deus por ter nascido em 65... porque se fosse um pouco antes... certamente não estaria aqui hoje. Mesmo sendo filha de militar - e talvez até mesmo por isso - nunca aceitei a realidade do Brasil durante minha adolescência. Digo que se fosse um pouco mais velha, não estaria aqui, porque certamente teria me engajado na luta política e só Deus sabe o que teria acontecido.

Às vezes encontro pessoas que viveram os "anos de chumbo" sem nem perceberem. E acho tão estranho... como se vive assim, alienado. Ignorar a falta de liberdade - especialmente a de expressão - é algo tão... tão... nem encontro a palvra pra usar.

A liberdade de hoje não era nem sonhada! Imaginar escrever o que se quer, e ver publicado uma rede mundial... impossível! Lembro que ouvia as músicas proibidas de Chico e Caetano em fitas cassete gravadas clandestinamente por primas e colegas... e num volume mínimo, imagina se meu pai soubesse? Seria "Cálice" ou "Cale-se!"???

Não nego que são emoções que guardo com carinho. Sofrer com Zuzu Angel pela morte de seu filho e ficar "arrepiada" ao ouvir "Angélica", desejar gritar "Apesar de você"... enxergar a realidade claríssima em "Acorda, amor" e "Meu caro amigo", chorar ao me comparar com Caetano em "Debaixo dos caracóis" (eu também estava de uma certa maneira exilada, em meus 17 anos longe de casa...) e vibrar com "Vai passar", que na primeira vez que ouvi, parecia ser algo conhecido, algo que eu já sabia.

Por tudo isso, agradeço por ter nascido nessa época. Madura o suficiente para entender as coisas, questionar e dentro de mim lutar... e jovem demais pra me envolver de fato com a luta armada, e assim ser preservada de mais sofrimento.

E, acredite quem quiser, no meu primeiro ano em Recife, ainda vi "hasteamento de bandeira" para comemorar o aniversário da revolução! Com que raiva cantei o Hino Nacional naquele dia... E com que tristeza vejo hoje, a dancinha da tal Ângela Guadagnin aplaudindo a não-punição do coleguinha João Magno. Será que alguém pensa que a tão esperada liberdade dá esse direito???

31/03/2006

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