* Às vezes nem sei quem sou, outras vezes "nem me acho, me tenho certeza".
* Risos? Ai ai ai... até demais! Crises intermináveis...
Lágrimas? Com certeza, demais. Sem tanta certeza... espero que não sejam intermináveis!
* Adoro comer "porcaria", especialmente acompanhada de "veneno" (comida não saudável - Coca-cola)
* Tenho dois filhos adoráveis, que obviamente não são perfeitos, mas são MEUS... e, por isso, perfeitos pra mim!
* Atualmente... desempregada, só estudante (Comunicação Social - Rádio e TV - UESC - finalmente 5º Semestre!). Mas garanto que uma estudante que vale à  pena!
* Ex-loira quase natural, hoje Branca-de-Neve, tabuleiro de xadrez, Negresco... qualquer figura que reflita o "preto no branco". Até quando? Nem eu sei!
* Completamente dependente de um computador... Nem sei mais escrever no papel!


* De Ilhéus, Bahia
* Aos 40
* Porque gosto
* Pra desabafar
* Sem ligar pra quem vai ler (tá certo, eu ligo, mas só um pouquinho)
* Pra manter os neurônios ocupados (inteligência artificial - cabelo preto - não adianta muita coisa...)
* ...Mas o que amo mesmo é fotografar!



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template


Line (que só fez isso porque ama muito a mãezinha dela, e não aguentava mais as lamúrias por um template novo)

Uêba!!! Sobrevivi!!!

Parece mentira, mas a semana acabou. Não acabou "de direito", mas pra mim, acabou "de fato". Foram tantas coisas pra enfrentar... que achei que seria a pior fase da minha vida. Na verdade, nem foi tão "pior" assim, apesar de ter sido muito dura. Sei que escapei de algumas coisas que estavam "programadas"... e "escapei fedendo". Alguns leões dos que matei podem querer ressuscitar, pode ser que tenham ficado só desacordados. Mas... sobrevivi.

Junto com as dificuldades, recebi algumas coisas boas. O resultado de Line no vestibular, que chegou enquanto eu estava toda enrolada com o festival do ArtEducação, foi um presente de Deus. O sucesso da cirurgia de Li, cujas notícias chegaram enquanto estávamos na ansiedade de saber se Ramiro Aquino estaria presente pra presidir a mesa de radialistas ou se ia ser no par-ou-ímpar entre Flávia e eu... Foram compensações vindas do céu, mesmo. (Ele conseguiu chegar - e foi aquele alívio!)

Ah, e depois do sucesso da "mesa", a notícia: A TV Santa Cruz vai fazer um "Rede Bahia Revista" sobre o "Memória do Rádio Grapiúna"!!! Sinal de que passamos direitinho o que é o projeto, o valor que ele tem, e o bom trabalho que estamos fazendo. E hoje... pra coroar o dia, tive meu momento de "exibição explícita" na Oficina de Roteiro, onde fui contar a história da "menina do cadarço desamarrado", desde a idéia original até o produto final na TV. E quando vinha pra casa, um SMS no celular, com 3 palavras somente: "Passei na UNICAMP" - Ayêska! Gente... eu sempre digo que na minha vida as coisas só vêm "de bolo". Tanto boas quanto ruins. E quando eu estava dizendo: "ainda bem que vaca não voa"... apareceram tantas coisas boas pra agradecer.

Pois é. então é isso. A semana acabou e eu sobrevivi. Agora tenho que cumprir o que falei antes: Ficar de pé, e não permitir que nada me derrube.

Prometo que os próximos posts serão lights... vou tentar escrever sobre amenidades... e fazer todo mundo rir, em vez de chorar. Inclusive eu!!!!

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INCONSTÂNCIA

O homem é um ser inconcluso". disse Rollo May, no livro "O homem à procura de si mesmo". Já pensei muito sobre isso... e cada vez descubro algo diferente.
Ser "inconcluso" pode significar apenas que não está acabado, que pode crescer. Mas acho que é muito mais que isso. É também se saber "variável". E isso é bom.

Comparo o estado emocional ao nascer de um novo dia. Às vezes o sol vem com toda a sua força, sem nada pra atrapalhae seu contato com a Terra. Outras vezes, entre eles se estabelecem barreiras variadas... nuvens de diversas espessuras... chuva... "frentes frias"... e o dia fica completamente diferente do anterior. Também podem haver muitos dias semelhantes, nada impede.

Com as emoções também. Tem dias que eu acordo brilhante como o sol, com tudo claro, enxergando o horizonte limpo... e de repente o tempo "vira", uma tempestade aparece do nada... e pronto! Acabou-se a mulher! O inverso também acontece, é claro. A tempestade se dissolve como uma bolha de sabão, e o calor do sol vai aumentando... até se desejar um bom banho frio!

Se eu for juntar as emoções dessa semana... nem sei como descrever. Especialmente se contar a "semana" como o conjunto de sete dias, desde a quarta-feira passada. Gente... foi coisa demais! Mas não quero relembrar as tempestades... (e como foram fortes - furacões, tsunamis...) Hoje o céu apareceu claro... com poucas nuvens... que foram sumindo devagar... até se abrir um dia limpo, completamente ensolarado.

Não faço idéia de como será o clima amanhã. E nem quero fazer. Deixa ele chegar como quiser... Vou dormir hoje, novamnete com a sensação do dever cumprido - e muito bem cumprido! Vou me jogar na cama pra descansar dos compromissos assumidos e realizados sem falhas. Sem falhas? Não, existiram falhas, sim. Mas foram aquelas inevitáveis. As evitáveis foram evitadas!

Cansadas... mas realizadas! A Mesa com os Radialistas torrou nosso juí­zo, mas no fim... foi lindo, emocionante, sucesso total!Valeu, Fá... É bom demais trabalhar com você!
07/12/2005

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Amigos...

Era pra ter escrito sobre isso quando coloquei o título do post anterior. Mas aí as coisas foram saindo diferente do que imaginei... e agora quero ver se consigo dizer o que havia planejado.Já recebi muitos e-mails falando de amizade... apresentações em ppt com imagens belíssimas, textos tocantes... mas nada se compara a experimentar a amizade.

Pode-se ouvir, ler, assistir... mas nas horas de desespero te rum amigo por perto... não tem preço!

Ultimamente tenho sido abençoada com amizades especiais. Não dá pra descrever o turbilhão de diferenças entre elas... desde a idade, a proximidade física, o estilo de se aproximar, o jeito de falar e tratar, é uma loucura! Às vezes penso: como posso ser amiga de pessoas tão diferentes? E vejo que é exatamente isso: preciso dessas diferenças pra cercar a minha alma de tudo que lhe falta.

Preciso de uma louquinha do meu lado, me chamando de "piriguete" cada vez que me chama no msn... preciso de alguém que me lembre que sou humana e tenho limites... preciso de quem me socorra nas minhas agonias com o PC... preciso de quem me ouça e chore comigo... preciso de quem me chame pra ir ao cinema sem nem saber que filme está passando... de quem se disponha a esperar horas no consultório médico, só pra não me deixar sozinha... de quem me faça favores qu eu não pediria a outra pessoa, como ir do outro lado da cidade pegar um DVD e colocar no sedex 10... preciso de alguém que seja "minha terapia", com papos sérios e loucos ao mesmo tempo... preciso de quem me lembre das coisas que tenho que fazer, e que minha "memória de Dory" não me permite lembrar... preciso de alguém que me chame de "gata", e fique o tempo todo dizendo que sou linda... de quem aceite pagar os micos de ser fotografado nas piores condições que se possa imaginar... e de quem me considere ao ponto de dizer: preciso fazer umas fotos, vc faz? Preciso de quem, mesmo longe diga: "se precisar de um ombro, estou aqui"... preciso de uma amiga que está em minha casa durante 8h por dia e sabe das minhas coisas mais do que eu mesma... preciso de alguém em cuja casa posso me hospedar perguntando somente: dá pra ir me buscar na rodoviária?

Preciso de quem me mande e-mails lembrando que tem um trabalho pra entregar hoje... ou que a aula só começa às 16h (senão eu era capaz de correr pra chegar Às 13:30h). Preciso de uma "polícia" sempre dentro do meu carro quando esqueço a carteira... preciso de quem me "encha o saco" porque eu tomo coca-cola todo dia... mas que sente e tome comigo! Preciso de quem me chame pra sair, só pra espairecer, porque estamos as duas muito estressadas... Preciso de amigas completamente diferente de mim, mas que me sejam complementares... (aquelas super-donas-de-casa, que me socorrem nos almoços especiais e nas costuras de última hora).

Preciso de quem me "grite" no msn: "ei"! e depois venha me dizer que tem mais alguma coisa do projeto pra ser feita e a gente tinha esquecido. Preciso também de quem ouça meus conselhos e diga: "como foi bom conversar com vc!" Preciso de alguém que me diz: "isso vai dar em merda..." mas preciso de alguém que me diga: "amiga, sinto sua falta... saudade mata, não me deixe morrer!" Preciso de quem me dê um abraço gostoso, bem apertado, que me levante do chão, e demore muuuuito de soltar... preciso de alguém pra quem eu possa telefonar sem medo entre 00:00h e 7:59h pra aproveitar a noite super reduzida do 23... preciso de quem ore comigo e por mim... preciso daquela amiga que só de olhar uma pra outra a gente já sabe que alguém fez besteira, ou que tem que tomar cuidado pra não fazer.

Preciso de quem me lembre de me preocupar "com a bola da vez", e não abraçar todos os problemas ao mesmo tempo... Preciso de quem faz aquela massagem nas costas quando a coluna diz que minha postura não é a melhor... preciso de quem escreva bilhetinhos em folhas de caderno só pra dizer que eu sou especial, ou agradecer qualquer bobagem que eu fiz...Percebi que sou completamente dependente dos meus amigos!Ah, tô vendo que sou muito egoísta!!! Será que é isso? Ou será que sou alguém que reconhece que nesses pequenos gestos existe amor, e dá valor a isso? Eu só queria que todos os meus amigos pudessem lembrar de mim como alguém que faz alguma coisa, por mais simples que seja... pra demonstrar amor. Porque eu sei que sem eles, minha vida não seria o que é... minhas lágrimas demorariam a secar, e meus dias seriam muito sem-graça.Não quero dizer o nome de ninguém, mas acho que quem ler isso aqui vai se reconhecer. E sei que muita coisa ficou esquecida. Tô tontinha de sono e meio dopada de dorflex, mas não consegui ir dormir antes de deixar registrado aqui o quanto agradeço a Deus os amigos que Ele colocou em meu caminho.

O dia de ontem (hoje já é 06/12) foi terrível... mas já passou. E obrigada a todos que, real ou virtualmente estiveram comigo durante ele. A batalha de hoje é outra... mas vai passar também, eu sei. E, sobrevivendo a esta semana... NADA MAIS ME DERRUBA!!!Agora vou dormir... com a sensação do dever cumprido.

06/12/2005

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Repartir... dividir... compartilhar...

Já agradeci aos amigos que se pronunciaram nos comentários do post de ontem... mas como sei que existem alguns que leem mas não comentam, ou vão comentar lá nos scraps do orkut... resolvi escrever mais, nesse outro post.

Num dos links que recebi, o autor de um texto muito lindo dizia: "PS: Queridos leitores, eu não estou triste. Só o eu-lírico." No meu caso... era eu mesma. E não era aquela tristeza miúda, sem motivo, não. Tinha motivo (talvez um dia eu conte quais foram...) mas tive também quem se mostrasse AMIGO e desse, como já falei no comentário do post anterior, um empurrãozinho na cadeira, pra que caíssemos, e assim eu pude levantar. Não vou dizer nome de ninguém, porque quem foi, sabe, mesmo que não tenha comentado.E hoje recebi uma mensagem daquelas que não suporto, com desenhos no orkut, e normalmente deleto sem nem ler. Mas como veio de alguém que amo muito e que havia "sumido" da minha página por motivo de viagem, resolvi abrir. E... veio a calhar. vejam só:

"Acordei com raios de sol Brincando no travesseiro.
Despertei sorrindo,Com fome de vida...
Sinto que o próprio dia
Espera o alvorecer
Para ser autêntico,
Para ser mais dia...
Sorvo intensamente
Cada dia...
Antes que se torne ontem...
Sem cobrar do amanhã..."

Essa foi a minha visão do amanhecer,
da janela da frente de casa.

A propósito... esse não é necessariamente o post de hoje. Ou talvez se torne, se eu não conseguir escrever outro mais tarde.

Anyway... acordei cedo demais, vi o sol nascer... agora vou voltar pra cama... e esperar o sono acabar. Bom dia...

Obs- Sem fotos... trabalho demais trazê-las pra cá!!!

04/12/2005

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Quero falar de coisas boas...

...mas me pergunto: por que a gente se sente mais "inspirada" pra escrever quando algo está doendo, lá dentro? É como se fosse uma maneira de exorcizar a tristeza, ou de repartir a dor.O problema é que nem sempre (ou nunca, embora algumas pessoas digam que fazem isso) se consegue arrumar o coração em "pastas", com arquivos organizados, como fazemos no computador. Por assunto, por data, por formato... e depois de arrumados, fazer "back ups" (cópias de segurança) daqueles que não podem ser perdidos de jeito nenhum, e deletar os que já não são úteis, estão defasados e não interessam mais.


O coração parece ter um bloqueio contra o comando "delete". Nem vou perguntar por que. Sei que não vou ter a resposta, mesmo... E como esse órgão maravilhoso consegue tecer uma rede entre todos os arquivos, misturando a vida da mãe com a da amiga, com a da mulher, da profissional, da patroa, da empregada, da vizinha!... afinal de contas, pra ele, "todas" são "uma" e indissociáveis.


E há ainda uma outra "lei" para o raciocínio do coração: A alegria demora mais de chegar, e vai embora mais rápido. É que ela é muito mais forte que a tristeza, muito mais intensa. Brilha mais, vale mais... e "gasta-se" mais rápido. Vem num estalo... mas não tem força pra fincar o pé no coração. Quando a gente está feliz, o tempo passa voando, ninguém acha que um fim-de-semana na praia dura realmente as 48 horas. Ao passo em que uma noite no hospital parece uma eternidade.


A tristeza e sua irmã, a melancolia, são mais discretas, chegam de mansinho e vão se instalando. Puxam uma cadeira daquelas "espreguiçadeiras", e lá ficam... Já repararam como é difícil levantar de uma "preguiçosa"? E quanto maior (e mais confortável) for a cadeira, mais difícil é sair dela. Na casa dos meus pais tinha uma, beeeem grande, e às vezes eu caía na besteira de sentar nela com um dos meus filhos no colo, pra colocar pra dormir. Aí é que era dureza: levantar carregando alguém. Essa é a figura da tristeza: ela senta na "preguiçosa" com você no colo, como um bebê que dormiu. Difícil levantar!

Hoje caí sentada numa cadeira dessas, no colo da tristeza. Preciso que alguém me acorde, quem se habilita?

02/12/2005

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Sobre lágrimas... e seus motivos

"Sou chorona, sim. E daí?" Esse é o nome de uma comunidade no orkut e é claro que estou nela. Outro dia um amigo perguntou se eu gostava de chorar. Na hora, nem lembro o que respondi, mas aproveito pra responder agora. Não é que eu goste. É que às vezes é necessário que as gotinhas mágicas saiam dos olhos. (ninguém precisa de olhos lubrificados demais, por isso, se chora!) Além disso, quando se precisa chorar e não chora, dá uma dor sobre os olhos... uma pressão estranha... que só passa depois que saem todas as farpas em formato líquido.
Não, eu não gosto de chorar. Principalmente porque não me lembro de já ter chorado de felicidade.


Já chorei de raiva, chorei de tristeza, de angústia, de preocupação... chorei por me sentir desconsiderada, chorei de arrependimento pelo que fiz ou pelo que não fiz... chorei pouco de dor física (quando a dor é pequena, não choro, e quando é grande demais, desmaio.) Chorei assistindo filme, ouvindo música, lendo livros ou e-mails... já chorei ao ver meus filhos chorando (por suas várias razões)... Depois, se lembrar de mais motivos, incluo aqui. Mas tem um especial. E juro que é verdade: nunca chorei numa despedida!


Sempre fiquei morrendo de vergonha, pois nas vezes em que parti ou vi amigos partindo, era a única de "olhos secos". Não me perguntem por que... talvez fosse porque dentro de mim a distância não é nada e eu soubesse que amigos de verdade nunca vão embora. Talvez fosse - e muitas vezes pensei assim - porque "a ficha ainda não tinha caído"... Mas com certeza não era por não dar importância à partida fosse de quem fosse. Simplesmente, não chorava.


"Saí de casa" com 17 anos... e fui morar a 1200Km, numa época em que pra vencê-los, precisava viajar durante 2 noites completas (só tinha ônibus noturno Ilhéus-Salvador e Salvador-Recife), telefone era algo caro (uma ligação por semana, e olhe lá... sem muito papo!) e o forte era o trabalho daqueles rapazes de uniforme amarelo e azul... esperados com ansiedade... ou das meninas que iam buscar a correspondência enviada à Caixa Postal 221 (e quando essas criaturas resolviam fazer algo "na cidade" e não chegavam no horário costumeiro... era terrível!). Pois nem nessa época eu chorei de saudade.


Já namorei à distância... sem lágrimas. Já enterrei amigos e parentes sem lágrimas (não necessariamente todos). Até já socorri uma amiga que se suicidou... e aí foi incrível. Não chorei na hora - e nem podia, precisava tomar todas as providências, polícia, legista, etc... - e passei mais de um ano sem que uma lágrima saísse dos meus olhos. Ainda bem que essa fase passou, porque já não aguentava a tal dor das "farpas" sobre os olhos.


Ultimamente... tenho precisado de um baldinho pra segurar a inundação, já que não tem uma torneirinha pra fechar. E acho que sei o motivo. Não, não é saudade antecipada da minha menina que com 17 anos também vai cruzar os mesmos 1200Km. Também não, não é preocupação com a "cabecinha de vento" que vai morar ainda não sei com quem. E antes que alguém fique tentando em vão adivinhar... eu digo, já que vou deixar ler. Tenho chorado porque me decepcionei comigo mesma!


Eu sabia que esse dia iria chegar... desejei que ele chegasse - é a prova de que ela cresceu e conseguiu realizar algo que muita gente quer e não consegue! Achei que estava preparada. Achei que ia ser tudo como sempre foi... mais uma despedida sem lágrimas. Ainda mais que agora tem a net, principalmente o MSN (e ela vai levar um computador pra garantir que vamos ficar conectadas), um plano da "OI" que me dá 100 minutos no celular com ela, a "GOL" que faz a viagem durar pouco mais de 1 h... parece tudo tão fácil...


Mas quando vi a hora chegando... durante a semana anterior à viagem, foi o caos se instalando na minha cabeça e na minha vida. Fiz prova sem estudar, entreguei trabalhos pela metade, ouvi de uma professora (via e-mail) "o que está acontecendo com vc, posso ajudar?" e tive que responder: "você só pode ajudar me dando um 'desconto' nos trabalhos mal feitos!"


Eu não sou mais quem eu era! Por isso chorei! Não sou mais aquela que enfrenta uma separação consolando todo mundo. E chorei abraçada àquele pedaço de mim que é exatamente o contrário: sempre chorou em despedidas, fossem as mais dolorosas (como quando a melhor amiga foi morar em Conquista) ou as mais comuns (a cada volta da casa dos avós). Não sei se foram minutos ou horas que passamos abraçadas, soluçando, as duas.


E agora lágrimas descem novamente dos meus olhos, em pensar que sou egoísta. (Outra decepção.) Vou ficar sem a companhia pro cinema, pras idas ao "comércio", pras sessões de DVD incluindo todos os "extras"... vou ficar sem ter quem me faça uma massagem quando a coluna doer... quem venha me mostrar um conto ou um desenho... quem ouça com atenção as histórias que eu conto sobre o passado ou o presente... não vou ter aqueles lindos olhos verdes (feitos sob medida) que ao se encontrarem com os meus não precisavam dizer muita coisa... e a gente já caía na gargalhada... (como as GG). Sou egoísta, sim. E estou chorando por ter descoberto isso, ou por ter que admitir essa fraqueza.


Me consolo em lembrar o que uma amiga me disse outro dia: que a dor do parto é eterna. Que depois da dor física, muitas outras vêm e vão... mas sempre há alguma. Enfim... o título desse post deveria ser "Sob lágrimas... foi como eu vim!"

30/11/2005

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Quer ler? Eu deixo!

Acho que todo mundo já teve um diário (ou pelo menos desejou ter) . O problema dos diários é que neles a gente escreve as coisas íntimas, os sonhos, os problemas, as frustrações, os segredos... e manter tudo isso fora do alcance alheio é difícil, muito difícil.

Eu mesma já tive vários diários. Um, em especial, tinha chave, e esse conseguiu durar por alguns meses, não lembro exatamente quantos. Mas os outros... duraram pouco, muito pouco. Eu nunca conseguia um lugar legal pra guardar aquilo que na verdade era "ilegal"...

Resumindo a história dos meus diários de adolescente, todos pararam numa triste fogueira, junto com outras preciosidades, (incluindo um lindo "caderno de recordações" e um outro de perguntas e respostas) depois que minha mãe os encontrou... e leu.

Os diários não precisam necessariamente ser escritos diariamente. Basta que haja uma certa regularidade na frequência, e que o que for tratado num determinado dia e não for concluído... seja retomado depois. Ou não. Na verdade, um diário não tem regras: Algumas pessoas "conversam" com ele, como se fosse uma personagem, um amigo imaginário, dão até nome. Outras conversam consigo mesmas. Outras relatam os fatos como se fosse uma agenda, com horários e acontecimentos. Cada um faz como quer, mas há algo em comum: todo mundo conta que um diário é algo particular.

Só que do mesmo jeito que quase todo mundo já teve (ou desejou ter) um diário, também arrisco dizer que (quase) todo mundo que teve oportunidade leu o diário alheio! Ninguém me pergunte se eu já li de alguém, que vou responder que não lembro, mas na verdade, não garanto nada! Só sei que dos meus filhos não li... porque nunca procurei, mas se desse sopa... fazer o quê, fechar os olhos????

A moda agora é o "diário aberto", o blog... o lugar onde se escreve ou descreve a própria vida, de maneira real ou fictícia... e se expõe pra quem quiser ler. E olha que tem muita gente que quer, viu?Depois dos traumas dos diários secretos da adolescência... escrever num blog é mais ou menos como ir à forra. Abrir o coração, dizer o que se pensa... e desejar ser lido. Como agora não sou mais adolescente, (e nessa fase de "pós-adolescência", como bem definiu minha "melhor-amiga-de-infância"), já não preciso ter pudores com o que escrevo. Também, para publicar na net... não podem ser segredos, embora continuem valendo os sonhos, os problemas e as frustrações.

Então... tá valendo. Quer ler? Eu deixo!

(Tomara que vc volte pra ler o que eu ainda vou começar a escrever!)

29/11/2005

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